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Procedimentos no Corpo

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Por Thalles Cavalcanti (Graduando em Psicologia – 8° Período pela Universidade Federal Fluminense - UFF. ICHS. Volta Redonda. Integrante e Pesquisador no Laboratório de Investigação das Psicopatologias Contemporâneas - LAPSICON.) O ano é 2017. A contemporaneidade torna muito claro o uso – neurótico – de um corpo que é instrumento de nossas próprias divisões. O corpo do sujeito que precisa gerir sua existência enquanto pai, filho, aluno, profissional, cônjuge e uma série de outras posições que surgem ao longo da vida. Um corpo aparece como um instrumento do Eu e de todas as suas divisões subjetivas, de todo o seu recalcamento. Diante disso notamos uma sociedade que está mais do que acostumada a uma série de procedimentos no corpo: Tatuagens, piercings , orelhas furadas e cheias de brincos. Os mais diversos penteados e cores de cabelo! Bronzeamentos, artificiais ou não. Procedimentos para limpeza de pele, cirurgias estéticas e tantas outras coisas que usamos em prol do que querem

Cientificidade e a Psicanálise

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Videos do professor da USP, Christian Dunker, abordando a discussão sobre as relações entre a noção de ciência e a psicanálise:

Contemporaneidade irônica e Toxicomania

Contemporaneidade irônica e Toxicomania Cláudia Henschel de Lima. (Membro da EBP-AMP. Professora Adjunta III. UFF. ICHS.PUVR. Coordenadora do LAPSICON). A Modernidade lírica de Baudelaire No trabalho apresentado no II seminário do GT da ANPEPP de Psicopatologia e Psicanálise, intitulado Toxidade contemporânea na conjunção Marx com Lacan, localizei a poesia lírica de Baudelaire como expressão da ontologia do presente. Michel Foucault (2000) localizara na posição do intelectual a necessidade de se deixar afetar pelo problema colocado pela modernidade para, a partir daí, elaborar uma resposta. Para além, então, de uma determinação da modernidade a partir de um calendário de fatos históricos fixos e lineares, a ontologia do presente valoriza a aparição tipicamente moderna de um ethos, de um posicionamento que o pensador pode assumir frente ao tempo. O personagem do flâneur encarna esse ethos, essa posição subjetiva que testemunha a transformação estrutural do tempo que avança na direção

Psicanálise e Modernidade. Cláudia Henschel de Lima

Quarenta e cinco anos nos separam do marco da teorização do objeto a no ensino de Lacan: o seminário sobre a angústia - ponto de partida para a separação entre o real e o significante, para a pluralização dos objetos a e sua localização na anatomia de um corpo irredutível ao formalismo. Entre este seminário, com suas referências naturalizantes, e o seminário O Avesso da Psicanálise recoberto pelas luvas de Marx, um avanço importante ocorre em seu ensino: trata-se do movimento de transportar o objeto a - até então pluralizado nos diversos pedaços do corpo - para a atualidade histórica através dos quatro discursos. Entre os anos de 1964 e 1969, localizamos no seminário sobre Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise - onde o objeto a é a presença de um vazio que pode ser ocupado por qualquer objeto, sem hierarquia de valor - e em De um Outro a outro, onde avança sobre a homologia entre mais-valia marxista e mais gozar, as bases desta alavancagem conceitual, que será apresentada em

Ethos moderno em Baudelaire. Cláudia Henschel de Lima

( Trecho do artigo sobre psicanálise e literatura na modernidade ainda no prelo). Um dos traços mais marcantes do século XX foi a elaboração de uma concepção crítica a respeito da contemporaneidade. Cito como exemplo, o pensamento de Martin Heidegger, Hanna Arendt, Michel Foucault e, na psicanálise, de Jacques-Alain Miller. São pensadores que, no campo filosófico e analítico, abordam a contemporaneidade problematizando sobre a atualidade e o posicionamento assumido pelo intelectual diante das transformações dos saberes e das relações de poder. No caso específico de Michel Foucault, é importante ressaltar o que ele próprio denominara de ontologia do presente, extensamente analisado em “O que são as Luzes?”. Nesse artigo, Foucault elabora uma definição precisa da ontologia do presente. Trata-se de conduzir uma “genealogia, não tanto da modernidade, mas da modernidade como questão”, ou seja, é tornar a modernidade um enigma para o pensamento filosófico. Dessa forma, a ontologia do p

Os sintomas neuróticos em O homem dos ratos

Laplanche define a neurose obsessiva como “Classe de neuroses definidas por Freud e que constituem um dos principais quadros da clínica psicanalítica. Na forma mais típica, o conflito psíquico exprime-se por sintomas chamados compulsivos*(idéias obsedantes, compulsão a realizar atos indesejáveis, luta contra estes pensamentos e estas tendências, ritos conjuratórios, etc) e por um modo de pensar caracterizado particularmente por ruminação mental,dúvida, escrúpulos, e que leva a inibições do pensamento e da ação” A partir desta definição, podemos realizar um levantamento de alguns sintomas, típicos, presentes no caso “O Homem dos ratos”. O jovem paciente busca tratamento com a principal queixa de possuir idéias obsessivas que o faziam sentir medo de que algo acontecesse a seu pai ou a dama por quem tinha admiração. Algumas dessas idéias pareciam conexões falsas como quando era criança, sentia um forte desejo de ver moças despidas. Contudo, com esse desejo, veio o sentimento de que al

Jornal do Brasil - Sociedade Aberta - Adolescência: o cabo de guerra com as drogas

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